quinta-feira, 28 de agosto de 2008

My died butterflies in the wall [Part.2]

Name: My died butterflies in the wall
Banda: the GazettE
Personagens: Reita x Ruki (Principal); Aoi x Uruha (secundário)
Gênero: Yaoi (Boys Love), Drama
Avisos: Conteúdo homossexual; Enquanto várias meninas querem possuir os gazeboys, eu tento encontrar uma maneira de que eles me possuam D: Enfim, até o próximo jogo de truco da PSCompany, eles não são meus u_u'

Sinopse: Uma pequena alma fascinada por borboletas. Takanori, um jovem que a pouco descobriu o que tinha e resolveu definir o que não queria ter, como o amor. Akira, um rapaz despojado que largou tudo para desbravar becos de Tóquio e esqueceu o que era ser amado. Uma rivalidade inevitável, uma redescoberta, uma perda de memória e a mágica das borboletas.


N.a: Eu digito minhas fics aqui mesmo no lugar de postar aqui do blog. Então, erros ortográficos são mais que normais.

N.a 2: Qualquer eventualidade, ou erro de nomes de lugares. Sinto muito.


Reita POV

Merda, merda, merda...Merda. O dia já me começou ruim, o que lá não era novidade. Eu estava atrasado...E, porra, eu odeio o conceito atrasado...Não que eu tivesse esse "nhénhé" de pontualidade ou algo assim, mas sim porque Aoi me comeria o...Bem, ele me mataria se eu chegasse atrasado no beco. Antes um Aoi lerdo do que um Aoi lerdo nervoso. Há diferenças.

Olhei no relógio digital em cima do criado mudo. 07:50. Merda. Tomei uma ducha fria pra espantar qualquer encosto que estivesse...Encostado em mim e deixei os cabelos de qualquer jeito caindo no rosto. Juntei minha faixa inseparável e algumas roupas, costumeiramente, de couro e pretas. Com a faixa posicionada em frente ao meu nariz, os cabelos de qualquer jeito e com a calça de couro estalando de nova. Eu segui meu caminho para o beco.

Nada mais do que 5 minutos e alguns tantos para se chegar naquele lugar imundo. Tudo muito sujo e horrível, mas nos fazia sentir em casa...Na verdade, o trabalho de banir mendigos fétidos de becos era realmente divertido. Não só pelo fato de quebrar um pau, às vezes literalmente, mas sim porque era minha vida.

Não. Não que isso seja um trabalho, mas eu precisava de becos para vender minhas drogas. E aqueles velhos sem dentes e bêbados estavam atrapalhando meu comércio. E como bom homem de negócios que sou, eu tenho de presar minha discrição, e mendigos não poderiam me ajudar com isso.

Fato é, depois de uns minutos eu estava em frente a Esquina do Tráfego. Como eu mesmo apelidei. Era ali, na esquina mais escondida de Shimokitazawa que acontecia as transações. Onde rolava a minha verba. Os policiais não passavam por ali e minha presença era muito bem falada nas haves e baladas daquele bairro, fazendo com que meus compradores aparecessem em rios.

Durante...12 anos eu consegui minha vida assim. Deis de que meus pais morreram num assalto a mão armada e o culpado não foi devidamente julgado, além de perder a confiança na justiça eu perdi o amor. Vamos concordar que, sem família e sem amor eu não tinha muitas opções no que me firmar. Antes vender drogas do que vender a bunda.

E eu estava feliz assim. Claro que feliz e com duas cicatrizes de tiros no braço esquerdo e uma na perna direita. Eventualidades inesperadas.

Quando cheguei ao local avistei Aoi tragando um cigarro. O que me lembrou que além de ter esquecido meu maço em cima da mesa de jantar eu não havia tomado café, nem engolido alguma coisa que forrasse meu estômago.

- Bom dia, Ue-chan...- ouvi.

- Me chama assim denovo e é menos uma arcada dentária pra você, cretino.

Ele riu, apagando o fumo nos tijolos carmesim do prédio e umideceu os lábios com a ponta da língua:

- Pronto pra mais um dia de trabalho?

Acho que essa frase no vocabulário de Aoi era mecânica. Todo santo dia eu ouvia a mesma coisa antes de ir para a labuta.

- Tenho outra escolha?

Ele negou com a cabeça, sorrindo pequeno e se aproximou, colocando a mão sobre meu ombro:

- Hoje nós teremos de andar além de Shimokita...

Além? Ele estava pensando em invadir outro território?

- Está pensando em...

Antes mesmo de eu terminar a frase ele acentiu e...Porra, ele não tinha medo de morrer?

Acho que não.

Conhecendo Yuu feito eu conhecia...Era realmente difícil de acreditar que ele sentisse calafrios quando se comentava o que poderia acontecer com ele se fosse pego vendendo drogas no território de um Yakuza ou algo assim. Claro que não poderia negar que o passado de Aoi foi muito pior que o meu, e deveria ter mais a ser descoberto, coisas mais sujas que ele deve ter sofrido que por orgulho ou por medo de se apegar novamente aquela dor preferiu não compartilhar.

Ele tinha a filosofia de vida de que: "Quando um profeta estiver pronto, ele usará de sua sabedoria". Claro que ele disse isso quando estava bêbado e drogado, mas fazia sentido...

Aoi era um desgraçado. Mas eu devia muito a ele, e nem por mais duas vidas eu poderia pagar...Ele foi o único que me estendeu a mão quando eu mais precisava, que me deu um abrigo, comida e trabalho. Se tornou meu amigo.

- Você é louco, Yuu.

Aoi apenas me sorriu, colocando as mãos nos bolsos da calça jeans surrada que usava e saiu andando dizendo:

- Se quiser ficar fora dessa, eu vou entender.

Foi minha vez de rir. Quando foi que ele ficou heróico dessa maneira?:

- E perder a diversão? Ah. Me tirou, ne?

Ouvi um ofego de deboche e o vento gostoso daquela manhã que começou uma merda atingiu nossos cabelos, me fazendo lembrar que eu ainda estava com fome...

- Yuu, eu vou caçar alguma coisa pra comer...Não coloquei nada pra dentro deis de ontem.

Ele apenas acentiu, dizendo:

- Você está sempre com fome, Akira. Tenho pena da mulher que casar com você...

Mulheres. Fazia quanto tempo que eu não tinha um caso, realmente, sério com alguma? Yuu vivia tirando um barato com a minha cara sobre eu ser gay. Argh...

- Nenhuma mulher aguenta meu estilo de vida, Aoi.

- Tem razão, você precisa de um homem mesmo -riu.

Filho de uma puta.

- Cala a boca, cretino.

Seguimos para a estação de Shinjuku, tudo muito próximo. Aproveitei para comer alguma coisa no pequeno restaurante que tinha lá e entramos num metrô para Chiba. Eu sempre seguindo Aoi. Para onde ele estava indo?

- Aoi...Você está indo pra Chiba?

Ele apenas ajeitou a jaqueta de couro e acentiu. Ele agora virou um homem de poucas palavras?

- Pra quê?

Sua atenção estava presa nas imagens lá fora. Ôh sujeitinho desgraçado! E me deixando no total vácuo a viagem seguiu. Eu olhando para o nada e ele se divertindo com o cinza, prédio e água que via no caminho.

Silêncio.

Que vontade de gritar, aqueles bonecos artificiais chamados de população ali dentro, todos quietos, se concentrando em alguma coisa. Merda.

Depois de ficar 20 longos minutos sem fazer absolutamente nada, as portas para a estação de Chiba se abriram e lá fui eu seguir Aoi.

- Dá pra você me contar pra onde estamos indo ou 'tá complicado?

Ele apenas coçou o cavanhaque imaginário [N.a 3: XDDD Cavanhaque imaginário, minha criação mais sublime 8D 8D] e suspirou, respondendo:

- Ao zoológico.

...Oi?

- Zoológico?!

O filho de uma puta me faz leventar num sábado em que eu podia estar entocado em casa, mofando e assistindo TV até me dar na telha alguma atividade, para ir ao zoológico?!

- É, sabe, a quanto tempo você não vai a um Zoo, Akira-chan?

Ele quer o quê? Vender maconha pros leões??

- Yuu, vai tomar no cú. Sério.

O palerma simplesmente riu e quando eu estava pronto para dar meia volta, ele disse:

- Só quero ver alguém, depois disso vamos encontrar o fornecedor.

Isso fez minhas pernas voltarem ao rumo rapidinho. Porque eu me coçava todo para saber quem era esse tal fornecedor. Quem era o manda-chuva do negócio. O chefão de tudo. Eu não perderia essa oportunidade, não mesmo.

- Me convenceu a ficar.

Ele apenas negou com a cabeça, e não demoramos tanto para chegar ao tal zoo e depois a um lugar...Estranho. Era um tipo de meia bola, uma redoma. Isso, redoma. Grande, muito grande e revestida por uma rede bem fina. O que merda era aquilo?!

- Me espere aqui fora, ok? Eu volto em um minuto.

- O que merda tem aí dentro?

- Borboletas.

...Ele começou um novo negócio e eu não estou sabendo? Vender LSD para insetos poderia ser lucrativo...

- Eu não demoro, Akira-chan, prometo.

Uma coisa que eu aprendi em anos de convivência com esse puto é que nunca devemos dar a mão pra ele sem ter no que se apoiar. Em outras palavras, confiar em Shiroyama Yuu sem ter um plano B em mente é o mesmo que assinar seu testamento...Ele era um filho da puta em todos os quesitos opcionais possíveis.

Não que ele fosse um péssimo amigo...É, ela era um sim. Mas enfim, não que ele fosse um mal caráter, ele só aprendeu a viver se aproveitando das pessoas, isso faz com que ele faça tudo pensando no seu próprio bem. Acho que é outra coisa que já se tornou mecânica nele...

Apoiei-me numa mureta, perto da cúpula. O clima estava bom, o zoológico vazio, e eu não tinha ninguém para dar uma rapidinha em algum lugar escuro...Ah, vida injusta...

Coçei minha nuca, eu estava com uma puta dor no pescoço...Tudo culpa do Aoi, se ele não me fizesse sair de casa num final de semana, eu poderia estar assistindo algum programa fútil na TV. Era incrível como eu conseguia estragar o dia de alguém...Myuka, minha última "namorada" disse que eu só sabia reclamar e que não saberia nunca fazer alguém feliz. Claro que eu estava drogado e só lembro disso do provável imenso sermão que ela me passou antes de romper nosso "namoro".

"Namoro" não muito namoro, porque eu só ia pra camar com ela e pronto. Nós dois éramos basicamente isso, sexo.

Sexo.

Uma palavra tão curta, mas que faz as pessoas ficarem tensas e arregalarem os olhos. Isso porque é o termo certo, imagina quando uso as vulgariedades?! O que mais me irrita nessa merda de país não são as pessoas de plástico, o clima variável ou os fios telefônicos que servem de puleiros para os corvos. E sim o TABU. O que ronda essa merda de sociedade. Tanto a japonesa quando a mundial. Nada contra homossexualismo, por exemplo, eu só não quero que meu filho seja um.

Tossi. Se um dia eu ficasse famoso, ser contraditório assim em rede nacional seria um baita mico. Nunca consegui dizer nada com nada, nem agir que não fosse por impulso.

Isso me rendeu bons machucados, boas feridas no coração e bons momentos.

Sim...Bons momentos. Aqueles escondidos nos meus pensamentos, aqueles que foram encobertos pela sombra da tristeza e solidão. Por mais judiados que estivessem, ainda se encontravam lá. Tudo o que eu vivi antes de minha vida se tornar um inferno. Tudo que passei com meus pais antes daquele assalto.

Meus dias felizes.

Argh! Quanta besteira! Acabei de descobrir que acordar cedo no sábado me deixa meloso...E porra! Que raio de visita é essa?! Aoi foi fazer o quê?! Trepar com uma borboleta?!!

Olhei para a porta da coisa redonda e ri com a imagem mental que me veio do Aoi com uma borboleta. Ri. Escadalosamente, e tenho certeza que se tivesse alguém pra ver aquilo também riria.

Essa mente suja, egocêntrica e perversa ainda vai me custar bons nacos de carne do couro.

Não que eu me importe, na altura que as coisas chegaram...Perder um braço, uma perna ou morrer é a mesma coisa. Sou um anônimo de uma cidade resguardada de lixo social. De pessoas que vendem o que tem e o que não tem para comprar pó. Almofadinhas que gastam milhões de yens com cargas de maconha. Estou numa sociedade de escórias. E admito. Sou um desses monstros movidos por dinheiro e pelo vício.

E o melhor. Não me envergonho.

Caralho! Onde é que o Aoi se meteu?!!

Mais do que nervoso, fui em direção a redoma feia e abri a porta descascada do local, depois, abri com toda a força a grade de um verde limão e senti ter acertado alguma coisa.

Puta.que.pariu. Acertei um enfeite de anão do zoológico!

Ah, espera. Não. É um garoto. Ele se apoiou em mim, acho que a pancada deve ter sido bem forte. Puta, mas que tipo de animal fica bem atrás da grade? Pediu pra tomar uma bem na cara!

- Hey, salva-vidas de aquário, se machucou?

Depois que notou onde estava, quem era ele e que tinha tomado uma "gradada" bem na testa, ele se afastou lançando um tremendo de um olhar fuzilante pra mim. Colocou a mão no machucado de nada e sentiu o filete de sangue.

Espero que ele não chore.

- Hey, Taka! 'Tá tudo bem?

Olhei rapidamente para...Ok. O Aoi era mesmo um puto, agora sei porque ele veio aqui. Veio traçar o tal cara loiro...Hum...Filho da puta.

O pigmeu confirmou com um gesto que estava bem e depois de jogar um novo olhar maldoso pra mim, desviou-se e saiu do lugar.

Baixinho nervosinho...Credo, vou ter de tomar outra ducha fria pra tirar a praga que ele deve ter me jogado...

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Aoi = Shiroyama Yuu
Ruki = Matsumoto Takanori
Reita = Suzuki Akira
Uruha = Takashima Kouyou

Só para esclarecer :D

Reita falando palavrão, bgos 8D

Essa é a versão do Reita 8D O próximo capítulo terá mais conteúdo. Claro, na visão do Ruki 8D 8D 8D
Espero que tenham gostado õ/

Um comentário:

Momiji Manju disse...

"E porra! Que raio de visita é essa?! Aoi foi fazer o quê?! Trepar com uma borboleta?!!"
Se o Uruha não fosse uma putavadiaquequédápraalguemtodahora eu garanto que da maneira que o Aoi é lerdo ele ia SIM acasalar com borboletas SHUAUHSAUHSAUHSAUHASUHSAUHshuauhsauhasuasuhsauhas
adorei a continuação [principalmente o Reita malzão]
xD