quinta-feira, 28 de agosto de 2008

My died butterflies in the wall [Part.2]

Name: My died butterflies in the wall
Banda: the GazettE
Personagens: Reita x Ruki (Principal); Aoi x Uruha (secundário)
Gênero: Yaoi (Boys Love), Drama
Avisos: Conteúdo homossexual; Enquanto várias meninas querem possuir os gazeboys, eu tento encontrar uma maneira de que eles me possuam D: Enfim, até o próximo jogo de truco da PSCompany, eles não são meus u_u'

Sinopse: Uma pequena alma fascinada por borboletas. Takanori, um jovem que a pouco descobriu o que tinha e resolveu definir o que não queria ter, como o amor. Akira, um rapaz despojado que largou tudo para desbravar becos de Tóquio e esqueceu o que era ser amado. Uma rivalidade inevitável, uma redescoberta, uma perda de memória e a mágica das borboletas.


N.a: Eu digito minhas fics aqui mesmo no lugar de postar aqui do blog. Então, erros ortográficos são mais que normais.

N.a 2: Qualquer eventualidade, ou erro de nomes de lugares. Sinto muito.


Reita POV

Merda, merda, merda...Merda. O dia já me começou ruim, o que lá não era novidade. Eu estava atrasado...E, porra, eu odeio o conceito atrasado...Não que eu tivesse esse "nhénhé" de pontualidade ou algo assim, mas sim porque Aoi me comeria o...Bem, ele me mataria se eu chegasse atrasado no beco. Antes um Aoi lerdo do que um Aoi lerdo nervoso. Há diferenças.

Olhei no relógio digital em cima do criado mudo. 07:50. Merda. Tomei uma ducha fria pra espantar qualquer encosto que estivesse...Encostado em mim e deixei os cabelos de qualquer jeito caindo no rosto. Juntei minha faixa inseparável e algumas roupas, costumeiramente, de couro e pretas. Com a faixa posicionada em frente ao meu nariz, os cabelos de qualquer jeito e com a calça de couro estalando de nova. Eu segui meu caminho para o beco.

Nada mais do que 5 minutos e alguns tantos para se chegar naquele lugar imundo. Tudo muito sujo e horrível, mas nos fazia sentir em casa...Na verdade, o trabalho de banir mendigos fétidos de becos era realmente divertido. Não só pelo fato de quebrar um pau, às vezes literalmente, mas sim porque era minha vida.

Não. Não que isso seja um trabalho, mas eu precisava de becos para vender minhas drogas. E aqueles velhos sem dentes e bêbados estavam atrapalhando meu comércio. E como bom homem de negócios que sou, eu tenho de presar minha discrição, e mendigos não poderiam me ajudar com isso.

Fato é, depois de uns minutos eu estava em frente a Esquina do Tráfego. Como eu mesmo apelidei. Era ali, na esquina mais escondida de Shimokitazawa que acontecia as transações. Onde rolava a minha verba. Os policiais não passavam por ali e minha presença era muito bem falada nas haves e baladas daquele bairro, fazendo com que meus compradores aparecessem em rios.

Durante...12 anos eu consegui minha vida assim. Deis de que meus pais morreram num assalto a mão armada e o culpado não foi devidamente julgado, além de perder a confiança na justiça eu perdi o amor. Vamos concordar que, sem família e sem amor eu não tinha muitas opções no que me firmar. Antes vender drogas do que vender a bunda.

E eu estava feliz assim. Claro que feliz e com duas cicatrizes de tiros no braço esquerdo e uma na perna direita. Eventualidades inesperadas.

Quando cheguei ao local avistei Aoi tragando um cigarro. O que me lembrou que além de ter esquecido meu maço em cima da mesa de jantar eu não havia tomado café, nem engolido alguma coisa que forrasse meu estômago.

- Bom dia, Ue-chan...- ouvi.

- Me chama assim denovo e é menos uma arcada dentária pra você, cretino.

Ele riu, apagando o fumo nos tijolos carmesim do prédio e umideceu os lábios com a ponta da língua:

- Pronto pra mais um dia de trabalho?

Acho que essa frase no vocabulário de Aoi era mecânica. Todo santo dia eu ouvia a mesma coisa antes de ir para a labuta.

- Tenho outra escolha?

Ele negou com a cabeça, sorrindo pequeno e se aproximou, colocando a mão sobre meu ombro:

- Hoje nós teremos de andar além de Shimokita...

Além? Ele estava pensando em invadir outro território?

- Está pensando em...

Antes mesmo de eu terminar a frase ele acentiu e...Porra, ele não tinha medo de morrer?

Acho que não.

Conhecendo Yuu feito eu conhecia...Era realmente difícil de acreditar que ele sentisse calafrios quando se comentava o que poderia acontecer com ele se fosse pego vendendo drogas no território de um Yakuza ou algo assim. Claro que não poderia negar que o passado de Aoi foi muito pior que o meu, e deveria ter mais a ser descoberto, coisas mais sujas que ele deve ter sofrido que por orgulho ou por medo de se apegar novamente aquela dor preferiu não compartilhar.

Ele tinha a filosofia de vida de que: "Quando um profeta estiver pronto, ele usará de sua sabedoria". Claro que ele disse isso quando estava bêbado e drogado, mas fazia sentido...

Aoi era um desgraçado. Mas eu devia muito a ele, e nem por mais duas vidas eu poderia pagar...Ele foi o único que me estendeu a mão quando eu mais precisava, que me deu um abrigo, comida e trabalho. Se tornou meu amigo.

- Você é louco, Yuu.

Aoi apenas me sorriu, colocando as mãos nos bolsos da calça jeans surrada que usava e saiu andando dizendo:

- Se quiser ficar fora dessa, eu vou entender.

Foi minha vez de rir. Quando foi que ele ficou heróico dessa maneira?:

- E perder a diversão? Ah. Me tirou, ne?

Ouvi um ofego de deboche e o vento gostoso daquela manhã que começou uma merda atingiu nossos cabelos, me fazendo lembrar que eu ainda estava com fome...

- Yuu, eu vou caçar alguma coisa pra comer...Não coloquei nada pra dentro deis de ontem.

Ele apenas acentiu, dizendo:

- Você está sempre com fome, Akira. Tenho pena da mulher que casar com você...

Mulheres. Fazia quanto tempo que eu não tinha um caso, realmente, sério com alguma? Yuu vivia tirando um barato com a minha cara sobre eu ser gay. Argh...

- Nenhuma mulher aguenta meu estilo de vida, Aoi.

- Tem razão, você precisa de um homem mesmo -riu.

Filho de uma puta.

- Cala a boca, cretino.

Seguimos para a estação de Shinjuku, tudo muito próximo. Aproveitei para comer alguma coisa no pequeno restaurante que tinha lá e entramos num metrô para Chiba. Eu sempre seguindo Aoi. Para onde ele estava indo?

- Aoi...Você está indo pra Chiba?

Ele apenas ajeitou a jaqueta de couro e acentiu. Ele agora virou um homem de poucas palavras?

- Pra quê?

Sua atenção estava presa nas imagens lá fora. Ôh sujeitinho desgraçado! E me deixando no total vácuo a viagem seguiu. Eu olhando para o nada e ele se divertindo com o cinza, prédio e água que via no caminho.

Silêncio.

Que vontade de gritar, aqueles bonecos artificiais chamados de população ali dentro, todos quietos, se concentrando em alguma coisa. Merda.

Depois de ficar 20 longos minutos sem fazer absolutamente nada, as portas para a estação de Chiba se abriram e lá fui eu seguir Aoi.

- Dá pra você me contar pra onde estamos indo ou 'tá complicado?

Ele apenas coçou o cavanhaque imaginário [N.a 3: XDDD Cavanhaque imaginário, minha criação mais sublime 8D 8D] e suspirou, respondendo:

- Ao zoológico.

...Oi?

- Zoológico?!

O filho de uma puta me faz leventar num sábado em que eu podia estar entocado em casa, mofando e assistindo TV até me dar na telha alguma atividade, para ir ao zoológico?!

- É, sabe, a quanto tempo você não vai a um Zoo, Akira-chan?

Ele quer o quê? Vender maconha pros leões??

- Yuu, vai tomar no cú. Sério.

O palerma simplesmente riu e quando eu estava pronto para dar meia volta, ele disse:

- Só quero ver alguém, depois disso vamos encontrar o fornecedor.

Isso fez minhas pernas voltarem ao rumo rapidinho. Porque eu me coçava todo para saber quem era esse tal fornecedor. Quem era o manda-chuva do negócio. O chefão de tudo. Eu não perderia essa oportunidade, não mesmo.

- Me convenceu a ficar.

Ele apenas negou com a cabeça, e não demoramos tanto para chegar ao tal zoo e depois a um lugar...Estranho. Era um tipo de meia bola, uma redoma. Isso, redoma. Grande, muito grande e revestida por uma rede bem fina. O que merda era aquilo?!

- Me espere aqui fora, ok? Eu volto em um minuto.

- O que merda tem aí dentro?

- Borboletas.

...Ele começou um novo negócio e eu não estou sabendo? Vender LSD para insetos poderia ser lucrativo...

- Eu não demoro, Akira-chan, prometo.

Uma coisa que eu aprendi em anos de convivência com esse puto é que nunca devemos dar a mão pra ele sem ter no que se apoiar. Em outras palavras, confiar em Shiroyama Yuu sem ter um plano B em mente é o mesmo que assinar seu testamento...Ele era um filho da puta em todos os quesitos opcionais possíveis.

Não que ele fosse um péssimo amigo...É, ela era um sim. Mas enfim, não que ele fosse um mal caráter, ele só aprendeu a viver se aproveitando das pessoas, isso faz com que ele faça tudo pensando no seu próprio bem. Acho que é outra coisa que já se tornou mecânica nele...

Apoiei-me numa mureta, perto da cúpula. O clima estava bom, o zoológico vazio, e eu não tinha ninguém para dar uma rapidinha em algum lugar escuro...Ah, vida injusta...

Coçei minha nuca, eu estava com uma puta dor no pescoço...Tudo culpa do Aoi, se ele não me fizesse sair de casa num final de semana, eu poderia estar assistindo algum programa fútil na TV. Era incrível como eu conseguia estragar o dia de alguém...Myuka, minha última "namorada" disse que eu só sabia reclamar e que não saberia nunca fazer alguém feliz. Claro que eu estava drogado e só lembro disso do provável imenso sermão que ela me passou antes de romper nosso "namoro".

"Namoro" não muito namoro, porque eu só ia pra camar com ela e pronto. Nós dois éramos basicamente isso, sexo.

Sexo.

Uma palavra tão curta, mas que faz as pessoas ficarem tensas e arregalarem os olhos. Isso porque é o termo certo, imagina quando uso as vulgariedades?! O que mais me irrita nessa merda de país não são as pessoas de plástico, o clima variável ou os fios telefônicos que servem de puleiros para os corvos. E sim o TABU. O que ronda essa merda de sociedade. Tanto a japonesa quando a mundial. Nada contra homossexualismo, por exemplo, eu só não quero que meu filho seja um.

Tossi. Se um dia eu ficasse famoso, ser contraditório assim em rede nacional seria um baita mico. Nunca consegui dizer nada com nada, nem agir que não fosse por impulso.

Isso me rendeu bons machucados, boas feridas no coração e bons momentos.

Sim...Bons momentos. Aqueles escondidos nos meus pensamentos, aqueles que foram encobertos pela sombra da tristeza e solidão. Por mais judiados que estivessem, ainda se encontravam lá. Tudo o que eu vivi antes de minha vida se tornar um inferno. Tudo que passei com meus pais antes daquele assalto.

Meus dias felizes.

Argh! Quanta besteira! Acabei de descobrir que acordar cedo no sábado me deixa meloso...E porra! Que raio de visita é essa?! Aoi foi fazer o quê?! Trepar com uma borboleta?!!

Olhei para a porta da coisa redonda e ri com a imagem mental que me veio do Aoi com uma borboleta. Ri. Escadalosamente, e tenho certeza que se tivesse alguém pra ver aquilo também riria.

Essa mente suja, egocêntrica e perversa ainda vai me custar bons nacos de carne do couro.

Não que eu me importe, na altura que as coisas chegaram...Perder um braço, uma perna ou morrer é a mesma coisa. Sou um anônimo de uma cidade resguardada de lixo social. De pessoas que vendem o que tem e o que não tem para comprar pó. Almofadinhas que gastam milhões de yens com cargas de maconha. Estou numa sociedade de escórias. E admito. Sou um desses monstros movidos por dinheiro e pelo vício.

E o melhor. Não me envergonho.

Caralho! Onde é que o Aoi se meteu?!!

Mais do que nervoso, fui em direção a redoma feia e abri a porta descascada do local, depois, abri com toda a força a grade de um verde limão e senti ter acertado alguma coisa.

Puta.que.pariu. Acertei um enfeite de anão do zoológico!

Ah, espera. Não. É um garoto. Ele se apoiou em mim, acho que a pancada deve ter sido bem forte. Puta, mas que tipo de animal fica bem atrás da grade? Pediu pra tomar uma bem na cara!

- Hey, salva-vidas de aquário, se machucou?

Depois que notou onde estava, quem era ele e que tinha tomado uma "gradada" bem na testa, ele se afastou lançando um tremendo de um olhar fuzilante pra mim. Colocou a mão no machucado de nada e sentiu o filete de sangue.

Espero que ele não chore.

- Hey, Taka! 'Tá tudo bem?

Olhei rapidamente para...Ok. O Aoi era mesmo um puto, agora sei porque ele veio aqui. Veio traçar o tal cara loiro...Hum...Filho da puta.

O pigmeu confirmou com um gesto que estava bem e depois de jogar um novo olhar maldoso pra mim, desviou-se e saiu do lugar.

Baixinho nervosinho...Credo, vou ter de tomar outra ducha fria pra tirar a praga que ele deve ter me jogado...

---------x--------- x ---------x----------- x ----------x-

Aoi = Shiroyama Yuu
Ruki = Matsumoto Takanori
Reita = Suzuki Akira
Uruha = Takashima Kouyou

Só para esclarecer :D

Reita falando palavrão, bgos 8D

Essa é a versão do Reita 8D O próximo capítulo terá mais conteúdo. Claro, na visão do Ruki 8D 8D 8D
Espero que tenham gostado õ/

Sofrimento <33

Credo ._. Que título mais emo D:

Mas acho que é o sentimento que mais me define nos últimos dias. Sofrimento. Sofrendo por um amor perdido, sofrendo por outro amor impossível e sofrendo por...Por amor.

Por ódio e etc. Coisas de uma garota problemática que só se quer ver livre de tudo aquilo que machuca e que destrói -_-'

Meu dia já não começou bem, acordei com uma dor de cabeça horrível D: Foi aquele sorvete de morango /delícioso 8D/ de ontem a noite D: Maltratou meus sentidos (Y) Sorvete de morango /delícioso 8D/ maldito D:

Quero engordar ._. Acho que sou a única pessoa que fica feliz quando escuta:"Nossa, você engordou uns quilinhos =/" 8D 8D 8D

Então, galerês e galerás. Estou indo escrever o próximo capítulo da fic \õ/


quinta-feira, 21 de agosto de 2008

My died butterflies in the wall

Name: My died butterflies in the wall
Banda: the GazettE
Personagens: Reita x Ruki (Principal); Aoi x Uruha (secundário)
Gênero: Yaoi (Boys Love), Drama
Avisos: Conteúdo homossexual; Enquanto várias meninas querem possuir os gazeboys, eu tento encontrar uma maneira de que eles me possuam D: Enfim, até o próximo jogo de truco da PSCompany, eles não são meus u_u'

Sinopse: Uma pequena alma fascinada por borboletas. Takanori, um jovem que a pouco descobriu o que tinha e resolveu definir o que não queria ter, como o amor. Akira, um rapaz despojado que largou tudo para desbravar becos de Tóquio e esqueceu o que era ser amado. Uma rivalidade inevitável, uma redescoberta, uma perda de memória e a mágica das borboletas.

N.a: Eu já tinha acabado essa fic, escrevi aqui mesmo. Mas um acidente aconteceu e eu a perdi D: Por isso terei de digita-la novamente '-' Não me importo de digitar novamente, só que a qualidade não sairá a mesma -_-'

N.a 2: Como vocês devem ter notado pelo comentário a cima, eu digito minhas fics aqui mesmo no lugar de postar aqui do blog. Então, erros ortográficos são mais que normais.

N.a 3: Qualquer eventualidade, ou erro de nomes de lugares. Sinto muito.

Ruki Pov
Acordei cedo como de costume. O clima estava agradável, ainda eram 07:30 da manhã, mas o som de alguns carros reverbava pelas ruas e em torno dos arquitetônicos prédios da grande metrópole de Tóquio. O calor do sol ainda não se fazia presente, mas o começo de seus raios iluminavam meu quarto. Pena que daqui a algumas horas aquele calor horrível dominaria a cidade.

Resolvi parar de perder meu tempo, por mais que observar o começo da manhã me relaxasse ao extremo, e ir tomar banho. Ontem, Kouyou ligou-me avisando que tinha uma Marpesia petreus sobrando em seu estoque, e eu como bom colecionador de borboletas não pude recusar a oferta.

Não perdi muito tempo no banho, afinal, eu deveria estar lá 08:00 e eu gostava de ser pontual. Coloquei uma costumeira roupa e olhei para o céu lá fora, estava limpo... Bom, o clima japonês no verão era imprevisível. E eu não queria ser surpreendido por uma "chuva de verão", não com o risco de ter as asas de minha Marpesia petreus danificadas.

Coloquei um guarda-chuva de médio porte em minha mochila e colocando meu colar da sorte, parti para a Estação de Shinjuku, tomei meu café rapidamente por lá mesmo e tracei mentalmente o caminho para o zoológico.

Peguei a linha de Keiyo, essa era a melhor forma de se chegar em Chiba sem se sentir uma sardinha enlatada. Depois de pouco tempo de espera, adentrei no vagão e tratei de sentar-me num banco vago. Tirei o Ipode de dentro mochila e pude desfrutar de The Crying Game do Boy George durante o desenrolar da viagem.

Como eu tinha 20 longos minutos de espera até meu destino, e eu não queria nem ter de pensar que teria de andar toda a Baía de Tóquio, para então chegar a Wakabae para finalmente receber meu -merecido; prêmio. Afinal, valia a pena se sacrificar por uma espécie rara por aqui...São 24.000 espécies de borboletas e eu tenho apenas uma parede de emolduradas carcaças coloridas! Kouyou sempre dizia que eu me assemelhava ao Ash, do Pokemon. A diferença, é que eu era menor e que não colecionava bichinhos metamórficos.

Resolvi desviar o rumo de meus pensamentos, antes que eu desse vexame no metrô, e passei alguns minutos distraído com os devaneios de que deveria limpar meu apartamento e que deveria visitar minha mãe em Kanagawa, e eu acho que só não fazia ambos por preguiça mesmo.

De pensar, morreu um burro. Concentrei-me na paisagem depois do reforçado vidro daquele cubículo de metal. Mesmo cheia de prédios, asfalto e sendo totalmente sem graça...Tóquio ainda era bonita de um certo ponto de vista. As pessoas mal humoradas e apressadas não me afetavam, não ao meu temperamento alheio a tudo.

Aquela gigante metrópole não impunha autoridade sobre mim, nem ao meu senso. Afinal, boa parte do que vivi nela eu havia esquecido. E se fosse melhor assim, não seria eu que tentaria descobrir mais do que uma mãe em Kanagawa e um amigo num borboletário. Já me era o bastante.

Fiquei tanto tempo criticando o senso comum japonês que se não fosse pela voz grave do mecanista do metrô eu ficaria ali até a estação final. Desligando o Ipod e o guardando no bolso, desci na Estação de Chiba, e cogitei a possibilidade de que se minhas pernas colaborassem eu poderia seguir para a Tokyo Tower, deve ser divertido tirar algumas fotos lá de cima.

E deixando meus pensamentos vagarem, percorri meu caminho, sempre olhando no relógio de pulso. Finalmente eu havia chegado no Chiba Zoological Park, comprei meu ingresso e adentrei no imenso local.

Meus pés já sabiam o caminho de cór para a cúpula em que minhas pequenas donzelas ficavam. E era tão bom que elas não ficavam com medo da minha mania taxidérmica por elas...Enfim, o zoológico estava vazio para um sábado de céu limpo. Não que eu quisesse ficar desvencilhiando-me de crianças correndo e gritando por conta de alguns leões com sono.

Pelo contrário, o silêncio me agradava...E muito. Admito que deis de que me conheço por gente -o que não faz mais do que 1 ano; eu sou um típico "bicho do mato". Um rapaz de seus 26 anos, publicitário e adorador de borboletas, com uma parede de Ninfalídeos, Papilionídeos, Pierídeos, Licenídeos, e Hesperiídeos lindos banhados em formol e postos cuidadosamente nos mais variados tipos de moldura dos mais diversos tamanhos.

Existem pessoas que colecionam selos, outras papel de carta e outras insetos mortos. Qual o problema?

Depois de uma bela reflexão sem fundamento sobre mim mesmo, cheguei ao borboletário. Sem mais precisar ler os avisos de precaução, eu abri a porta revestida com uma tela protetora e logo em seguida a grade do local. Vi minhas donzelas dançarem ao vento, com lufadas cautelosas de suas asas e com muita graça bailavam em um ritmo que apenas elas entendiam.

Parei alguns segundos para admirar aquela bela visão. As mais diversas borboletas, de cores, formas e tamanhos diferentes. Todas atraentes e perfeitas.

Deixando meu vício de lado, adentrei na pequena sala que se encontrava no canto do belo jardim fechado. E, de imediato, ouvi:

- Está 2 minutos atrasado, pequeno.

Sei que ele fazia de propósito. Bufei, revirando os olhos e o vi sentado atrás de sua mesa de puro carvalho, olhando algumas crisálidas em um vidro. Como se ele usasse o poder da mente para que os pequenos casulos se abrissem e ele pudesse ver com os próprios olhos o nascer de seus bebês.

E depois de alguns segundos, que foram apenas de confirmação para ver se os casulos não se abririam mesmo, ele me fitou. Sorrindo e lendo meus pensamentos disse:

- Sua princezinha está em cima da outra mesa. Ao lado da Papillio (Papillio zagreus) emoldurada.

Oh sim, minha Marpesia petreus, meu pequeno prêmio pela minha viagem. Só isso mesmo para me fazer sair do centro de Tóquio...Caminhei pela bagunça do local e vi ao lado da borboleta morta de asas alaranjadas com detalhes pretos uma caixa. Era ela, não era?

- Taka, não repare na bagunça. Sabe que apenas você e eu, claro, entramos aqui...

Sorri de canto e peguei o pequeno cubo de papelão púrpura em minhas mãos. Abrindo a tampa como se fosse algo de extrema delicadeza. E, então, pude comtempla-la...Minha bela donzela de asas da mesma cor da majestosa pele de um tigre. Pequena, frágil e já mergulhada no formol pelo meu amigo.

Meu sorriso se alargou mais, o que durou pouco...Como sempre.

- Kouyou, não vão sentir falta dela?

Virei-me para encará-lo e não fiquei surpreso de vê-lo fitar as crisálias:

- Oras essa, Taka! Acha mesmo que alguém liga para o que eu faço ou deixo de fazer aqui? Mais patético que falhar nesse meu trabalho mecânico é deixar uma tartaruga escapar!

Rimos por um instante e aquele silêncio, nada incômodo se formou. Eu nunca quis saber o por que de Kouyou ter chegado a essa profissão. Nós nunca - nesse 1 anos de minha existência memorial; discutimos sobre o nosso passado. Eu não dizia do pouco que me lembrava e ele não falava o que já tinha vivido, por acaso algo escapava. Mas, não porque fosse secreto...E sim porque achávamos desnecessário.

Fechei a caixa para que minha bela amiga fosse preservada e aquele silêncio gostoso foi quebrado pelo ranger das grades do local. Será que foi apenas mencionar implicitamente que ninguém vinha fazer fiscalização que algum babaca apareceu para dar uma olhada no estoque?

Para ter certeza, e tranquilizar Kouyou que impressionantemente pensou o mesmo que eu, segui até o vidro cravado na porta. Vendo nada mais do que um rapaz moreno, com um piercing adornando o lábio inferior, ele admirava mais as flores do que as borboletas em si...De fato a presença de apenas um visitante fez minha guarda baixar.

- É apenas um visitante. Moreno de piercing.

E o que para mim foi motivo de alívio, para Kou foi algo...Não sei definir. Não que aquela feição dele de:"O quê?!" Não me dissesse que ele não tinha acreditado em minhas palavras, mas suas próximas ações de deixar os casulos tão amados de lado e ir ver na janelinha e depois a atitude de soltar o cabelo, antes preso em um rabo-de-cavalo, e ajeitar os óculos de aros grossos me dizia que ele foi tomado por uma leve onda de tensão.

- É ele, Taka! É ele!

Olhei mais uma vez para o tal cara, extremamente entretido com as flores, e voltei minha atenção para o loiro. Arqueando uma sombrancelha.

- Ele?

- Sim sim! Yuu! Esse moreno vem sempre aqui, todo santo dia. Religiosamente. Ele está aqui para ver as flores.

Se ele queria ver flores porque não ia para um jardim botânico? Sei que ele vem pra ver as flores...Seme permitem o sarcasmo.

- Taka! Ele é tão meigo! Um amor de pessoa!

Bufei, revirando os olhos pela segunda vez e resolvendo ir embora para deixar os "pombinhos" em paz, arrumei meus revoltos cabelos vermelhos e saí da saleta. O rapaz moreno voltou rápido, rápido até demais, o olhar para mim e deu pra notar a clara decepção em me ver e não ao Kou.

- Kouyou, rápido. Você tem visita.

A brincadeirinha de mais cedo dele sobre meu atraso agora estava vingada...Soltei um riso baixo e negando com a cabeça pude ver o olhar do moreno se encher de esperança ao descobrir que Kou também trabalhava nos sábados.

Segui para a saída e quando minha mão ia até a tranca daquelas grades as mesmas se abriram com tamanha força e atingiram minha testa sem qualquer tipo de piedade. Merda! Quem era o cretino que abria aquilo com tanta brutalidade? Zonzo, apoiei-me em algo na tentativa de não cair enquanto minha visão e sentidos voltavam a naturalidade.

- Hey, salva-vidas de aquário, se machucou?

Vi que estava apoiando em um rapaz, um pouco maior que eu, com uma faixa que encobria seu nariz e com uma cara de poucos amigos...Espera, ele me chamou do que eu ouvi? Quem ele achava que era?

Rapidamente me afastei dele, levando a mão vaga até o lugar em que recebi o impacto. Graças a Deus eu não havia deixado a caixinha cair no chão, mas em compensação havia um pequeno filete de sangue escorrendo da minha testa.

- Hey, Taka! 'Tá tudo bem?

Respondi afirmativamente com um gesto da mão para a pergunta de meu amigo e encarei o loiro lançando-lhe o olhar mais mortal que eu tinha no momento. Bufei e desviei-me do corpo dele.

Convencido...Ainda bem que nunca mais vejo uma figura dessa na minha frente...

-------------------- x -------------------- x ------------------- x -----------

Ok, pra você que leu:
- Sim, o Ruki é ruivo e antisocial
- Sim, o Uruha usa óculos e tem o cabelo comprido
- Sim, o Reita é um badboy
- Sim, escrevo muito mal

Então ._. Esse é o fim do primeiro capítulo da minha fic e_e Espero que tenha gostado O:

Primeira postagem! A_A


Hum...Blog ._. Incrível, eu estava animada pra fazer essa coisa @_@' Não sei porque 8D Mas whatever e_e


Vou ficar que nem uma retardada postando nisso aqui todo dia /õ/ Ok, sou novata no ramo, admito :D


E...WIUEIUWQYEUQWYEUQW *surtos descontados nas teclas* Droga, estou sem o que falar e_e


Como sou viciada em J-rock, lá foi uma imagem do the GazettE para animar a mim mesmo \õ/ *aponta ali em cima* Ruki e Uruha.
Então... Só e_e Ah sim, nesse blog eu vou estar postando fics...Sim, sou escritora 8D *uma péssima, mas enfim* E nos próximos posts (cofsealguémlerissocof) serão dedicados aos meus dias ruins (que, sim, vocês terão de ler) e as minhas fics chatas AwA
Agora acabou mesmo, man e_e'